Movimento Maio Amarelo

A SBRATE, um dos Comitês da SBOT, que já se envolveu em campanhas vitoriosas, como para a obrigatoriedade do uso de capacete pelos motociclistas e pela cadeirinha de segurança para o transporte de crianças em veículos, aderiu ao Movimento Maio Amarelo que tem como proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo mundo.

O objetivo do Movimento é coordenar uma ação entre o Poder Público e a sociedade civil colocando em pauta o tema segurança viária para, efetivamente discuti-lo, propagando conhecimento e abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

Com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde), que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países, foi editada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.
Segundo esse estudo, aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos.

Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país. Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

O impacto dos acidentes de trânsito no Brasil

Segundo um levantamento inédito do Ministério da Saúde divulgado em setembro de 2018, em seis anos houve uma redução de 27,4% dos óbitos nas capitais do país. Em 2010 foram registrados 7.952 óbitos, contra 5.773 em 2016, o que representa uma diminuição de 2,1 mil mortes no período. Apesar da redução, o país segue longe da meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê redução de 50% no número de vítimas em 10 anos, contados a partir de 2011.

Além disso, considerando todas as cidades do Brasil, não apenas as capitais, foram registradas 37.345 mortes de trânsito em 2016, que é o último ano com dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O número é 14,8% menor do que o registrado, por exemplo, em 2014, quando ocorreram 43.870 óbitos no trânsito brasileiro. A meta do país, em 2020, é não ultrapassar o número de 19 mil vítimas fatais por ano.

Além das mortes, 600 mil pessoas ficam com sequelas permanentes todos os anos em decorrência de acidentes de trânsito. Há que acrescentar ainda o longo tempo de recuperação do acidentado e o sofrimento e o prejuízo das famílias que por meses e até anos ficam privadas do dinheiro que o acidentado deixa de ganhar, enquanto não volta a ter condições de trabalhar.

No Brasil, mais de 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) são ocupados por vítimas por acidente de trânsito. Nos centros cirúrgicos do país, 50% da ocupação também são por vítimas de acidentes rodoviários. Segundo o Observatório de Segurança Viária, os acidentes no trânsito resultam em custos anuais de R$ 52 bilhões.

Fontes:
https://www.maioamarelo.com/o-movimento/
http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44397-acoes-de-seguranca-reduzem-duas-mil-mortes-no-transito
https://www.seguradoralider.com.br/Documents/Relatorio-Anual/RELATORIO%20ANUAL_2018_WEB.pdf