Neste momento de pandemia do coronavirus e que vivemos o isolamento social, a maioria das pessoas está trabalhando de casa e, muitas vezes, o ambiente doméstico não oferece as melhores condições para execução das tarefas. O uso incorreto prolongado do teclado, do mouse e estações de trabalho inadequadas podem levar a dores musculares e articulares, muitas vezes relacionadas a postura e inatividade física.
Por isso, a SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte orienta sobre como manter alguns cuidados básicos para evitar este tipo de problema. Por exemplo, a dorsalgia, a famosa dor nas costas, é a doença que mais acomete trabalhadores no Brasil.
Adriano Marques de Almeida, membro da Comissão Científica da SBRATE, ressalta a importância de seguir recomendações sobre ergonomia e postura. “É necessário adaptar um espaço para servir de home office. Nada de ficar com o computador no sofá ou na cama, isso é responsável por muitos problemas posturais. Use cadeira com encosto adequado, de preferência com apoio para os braços, para manter uma postura adequada ao usar o teclado. Também é importante manter os seus pés apoiados no chão ou em algum suporte adequado, pois isso reduz a pressão causada sobre as costas”, explica.
Os braços devem ficar em posição reta ao digitar, com os antebraços apoiados e o cotovelo em ângulo reto. Faça pausas de dois minutos a cada 15 a 20 minutos de trabalho, e de cinco minutos a cada hora. Para manter uma postura correta ao computador é preciso estar atento aos seguintes pontos:
Dorso apoiado no encosto da cadeira
Pés apoiados e joelhos flexionados cerca de 90 graus
Mesa firme e ajustada;
Monitor na altura dos olhos e teclado em frente ao operador
Suporte de teclado ajustável;
Ângulo de cotovelo em 90 graus e punhos retos;
Braço junto ao corpo.
Segundo Adriano, é imprescindível também manter uma rotina de exercícios físicos, mesmo que dentro de casa. “Os exercícios são importantes para manter a forma física, manter a flexibilidade, aumentar a resistência e diminuir a tensão muscular”. Mas ele alerta para sempre seguir as orientações médicas necessárias. “Cada indivíduo deve conhecer as suas limitações, não é hora para exagerar”, finaliza.