Review
Markel Rico-González 1,2 , José Pino-Ortega 2,3,* and Luca Paolo Ardigò 4,* Int. J. Environ. Res. Public Health 2021, 18, 568
Comentários: Jean Klay Santos Machado – PA
A pandemia chegou e com ela muitas incertezas sobre como deveria ser o comportamento de todos, de tal sorte que frequentemente somos questionados sobre como e quando deve ser a volta aos treinos e campeonatos. Em 2020 houve interrupção de treinamento e competições não só de atletas profissionais, como também dos não profissionais. Sendo assim o objetivo deste estudo foi revisar as recomendações e melhores práticas após o retorno às atividades (treinos e competições) para que o retorno seja o mais seguro possível. Para tal foram avaliadas as bases de dados PubMed e Web of Science, sendo analisados estudos publicados atá 15 de setembro de 2020. No total foram 20 artigos avaliados divididos em 3 grupos:
1- Gerenciamento de carga (treinamento)
2- Recomendações médicas
3- Questões relacionadas à recuperação
1- As recomendações relacionadas aos treinamentos (gerenciamento de carga) que devem ser divididos em 3 fases:
– Fase 1 (primeira semana)
Treinamento individual
Nesta fase deve ser realizada adaptação aeróbioca associada a trabalho de velocidade e resistência.
– Fase 2 (1 – 3 semanas)
Trabalho em grupo
Há aumento da intensidade nos treinos aeróbicos e anaeróbicos e dos exercícios de velocidade e resistência.
Estimulação seletiva de fibras de contração rápida com adição de treinamento pliométrico (explosão) e treino de abilidade.
– Fase 3 (3 – 5 semanas)
Trabalho em grupo
Há treinamento em alta intensidade, finalizando com retorno aos jogos.
2- Recomendações médicas:
– Seguir as diretrizes das autoridades sanitárias
– Orientações sobre princípios da doença, medidas de higiene e sintomas possíveis
– Contato com outros clubes com perfil semelhante no diz respeito ao status epidemiológico dos mesmos
– Bebidas e comidas não devem ser compartilhadas
– Priorizar atividades em ambientes abertos
– Após o treino os equipamentos devem ser desinfectados com álcool a 70%
– Uso de máscara antes e após o treino
– Atenção a medicamentos que infleuciam na eficiência imunológica
– Jogador com diagnóstico de COVID deve ficar pelo menos 10 dias afastado, desde que esteja assintomático por no mínimo 3 dias.
3- Questões relacionadas à recuperação
Estilo de vida:
– Higiene do sono
– Roupas de compressão
– Terapias para tecidos moles
Nutrição:
– Modificação da dieta
– Dieta com altos níveis de carboidratos e proteínas
– Suplementação com vitamina C, D3 e probióticos
Carga de treino:
– Mínimo de 72h entre treinos de alta intensidade
Sendo assim, podemos concluir que mesmo em atletas não profissionais, a interrupção das atividades por tempo prolongado, culmina com a necessidade de várias medidas afim de preservar saúde e minimizar o risco de lesões.