Uso de patinetes elétricos exige atenção para evitar quedas

O uso de patinetes elétricos como opção de transporte ou lazer já tomou conta de 10 capitais brasileiras, mas ainda não há uma regulamentação. Outro alerta também é que, segundo o ortopedista especialista em Traumatologia do Esporte e membro da SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte, Dr. Adriano Almeida, apesar de não haver estatísticas oficiais de acidentes ocasionados pelo seu uso, muitos médicos têm atendido vítimas de acidentes com patinetes. “A velocidade atingida pelos patinetes pode chegar até 30 km/h e uma queda a esta velocidade pode causar lesões graves. Inclusive, se houver um trauma encefálico, pode até levar a morte.”

Por esta razão a SBRATE alerta sobre os cuidados ao utilizar esses patinetes para evitar acidentes. O uso de capacete, apesar de não ser obrigatório pela legislação vigente, sem dúvida ajuda a reduzir o risco de traumas. Além disso, a velocidade máxima recomendada pela lei é de até 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas e 6 km/h nas calçadas, segundo regra do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Para evitar quedas, é necessário cautela ao usar o patinete na calçada devido à presença de irregularidades ou buracos. “As rodas do patinete são pequenas e podem travar em um buraco, levando a queda. Jamais tente colocar o pé no chão com o patinete em movimento, para tentar brecá-lo. Isto pode causar lesões graves no tornozelo, perna, ou joelho, causando fraturas, lesões de ligamentos ou até a necessidade de intervenção cirúrgica”, acrescenta Adriano. Além disso, as quedas podem causar lesões, desde simples escoriações, até fraturas no punho, antebraço e braço.

Como qualquer veículo em duas rodas, é necessário prática. Ao utilizá-lo pela primeira vez é recomendado ir ao um local plano, com poucas irregularidades e pouco movimento. “Desta forma será possível habituar-se ao equipamento e manejá-lo com segurança. Sem esquecer que devemos também tomar cuidado com outras pessoas, principalmente na calçada”, finaliza o especialista da SBRATE.