Cristiano Laurino foi o presidente da SBRATE durante o ano de 2020. Um ano que irá marcar a história mundial devido à pandemia do novo coronavírus. Muitos desafios foram impostos em todas as áreas e não foi diferente para a SBRATE. Reinvenção foi a palavra de ordem e, em entrevista, Cristiano conta como foi manter a sociedade ativa diante de tantas provações.
O ano de 2020 foi desafiador para todos. Quais eram as suas expectativas no início do ano?
Eram as melhores possíveis, muitos projetos já acordados no ano de 2019 com patrocinadores para serem executados no ano de 2020, sobretudo na área de educação médica continuada. Todas as áreas da traumatologia esportiva estavam envolvidas abordando diversas subespecialidades como cirurgia do joelho, pé e tornozelo, ombro e cotovelo, entre outras. Também já iríamos começar a antecipara a grade científica do congresso de 2021.
Devido à pandemia, todos nós tivemos que nos reinventar. Como foi adequar os projetos para este ano com as limitações impostas?
Com o advento da pandemia, nós realmente tivemos que cancelar todos os eventos presenciais e todos foram transferidos para o modo on-line através de Webinares, webmeetings e reuniões clínicas. Criamos eventos de forma isolada, mas também em conjunto com outras sociedades de especialidades, como a SBOT e a SLARD. Esse novo formato trouxe algo positivo: conseguimos atingir mais profissionais interessados, aumentando a participação. Também conseguimos realizar mais eventos devido ao formato virtual.
Preciso salientar o apoio que tivemos dos nossos patrocinadores. Apesar de todas as modificações, as empresas se mantiveram ao lado da nossa sociedade em prol da educação médica continuada dos associados.
Apesar das mudanças, tivemos um crescimento significativo no engajamento dos sócios com a SBRATE. Os encontros virtuais surtiram um resultado positivo. A SBRATE sempre teve muita preocupação em relação a essa modernização através de melhorias do site, publicações de aulas e das edições do congresso dentro da nossa plataforma. Toda a parte educacional sempre foi digitalizada. Ou seja, sempre tivemos essa visão de futuro em relação ao conteúdo online.
Outro destaque deste ano foi a aproximação com a SLARD – Sociedad Latinoamericana de Artroscopia, Rodilla Y Deporte. A novidade deste ano foi que todos os membros da SBRATE também se tornaram membros da SLARD e isso foi muito proveitoso trazendo novas oportunidades de atualização para os nossos profissionais.
Tivemos uma participação ativa no congresso da SBOT que também foi on-line com a presença de grandes convidados internacionais. Isso foi importantíssimo e uma excelente oportunidade de atualização.
Quais foram os aprendizados e os maiores legados da sua gestão?
Todos nós aprendemos muito com esse ano. Tivemos que nos adaptar a essa situação e muitas dessas adaptações vão ficar. Muitos aprendizados em relação aos projetos educacionais, seus formatos e provavelmente os eventos continuarão on-line e também de forma híbrida. E isso é um ganho para todos nós.
Deixe sua mensagem aos associados da SBRATE
Eu termino um ciclo na minha vida. Foram 20 anos praticamente ligados ao comitê de Artroscopia e estive presente na fundação da SBRATE, que em 2020 completou 10 anos de fundação. Houve um amadurecimento e crescimento muito grande e fico feliz de ter participado de todas essas etapas. Não só no ponto de vista educacional, mas também estrutural e gerencial. Agradeço aos associados por acreditarem na SBRATE e aos colegas que me acompanharam todos esses anos.
É um legado muito importante e espero que as próximas diretorias também tragam conhecimentos e invenções e mantenham a chama acesa da Traumatologia do Esporte e da Artroscopia, que é o propósito da SBRATE.