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A corrida é uma das atividades físicas mais praticadas no Brasil, reconhecida por seus benefícios à saúde cardiovascular e mental. No entanto, o aumento da intensidade e da frequência dos treinos tem trazido à tona uma das lesões mais comuns entre corredores e ciclistas: a Síndrome do Atrito da Banda Iliotibial.
A condição ocorre quando a banda iliotibial, uma faixa fibrosa que se estende do quadril até a lateral do joelho, sofre atrito repetitivo sobre o fêmur, gerando inflamação e dor, especialmente na parte externa do joelho. Esse quadro é conhecido popularmente como “joelho do corredor” e costuma surgir em atletas que praticam esportes de resistência, como corrida, ciclismo e triatlo.
De acordo com especialistas da SBRATE (Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte), os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome são treinamentos intensos sem recuperação adequada, desequilíbrios musculares, alterações no alinhamento dos membros inferiores e uso incorreto de calçados esportivos.
Os sintomas mais frequentes incluem dor lateral ao dobrar o joelho, sensação de queimação e, em casos mais graves, dificuldade para continuar o treino. O diagnóstico deve ser feito por um ortopedista especializado em traumatologia do esporte, que pode indicar tratamento com fisioterapia, fortalecimento muscular, correção biomecânica e, em situações raras, intervenção cirúrgica.
A prevenção ainda é a melhor estratégia. Manter o equilíbrio entre treino e descanso, investir em fortalecimento da musculatura do quadril e seguir orientação profissional são atitudes essenciais para preservar o desempenho e evitar afastamentos prolongados.
Para a SBRATE, compreender a relação entre movimento e biomecânica é o primeiro passo para um esporte mais seguro, saudável e duradouro.